assuntos: literatura, filosofia, psicologia, interdisciplinaridade, musica, cinema, poesia, educação, arte
sábado, 12 de outubro de 2013
A VERDADE É O CONSENSO DA AUTOREFERÊNCIA DA ALMA
Quando digo que fenõmenos totalmente diversos são interdependentes e, portanto, participam de uma mesma essência que é a categoria da unidade estou, na verdade, traduzindo o mundo dos fenômenos em termos de um outro mundo, que é invisível mas se pretende real e verdadeiro. Não é uma mera representação, mas uma reivindicação de identidade. Esse mundo invisível não é como seu oposto, pulverizado e caótico, mas um sistema simples e organizado, onde os elementos se legitimam um aos outros. Eles encontram suas identidades no próprio sistema metafísico, sem necessitar de um outro que o refira a fim de ganhar identidade, como é o caso do mundo concreto e dependente da linguagem. No mundo dos sentidos, não posso identificar casulo e borboleta, por mais que isto seja provado cientificamente, pois são sensorialmente diferentes. Cada coisa é cada coisa e por isso recebem nomes diferentes, mesmo que sejam o mesmo ser. Suas identidades não estão em si mesmas, mas dependem do mundo dos conceitos. No entanto o mundo das categorias é um sistema autoreferente e, nesse sentido, independente do mundo concreto.
Se a verdade é, como dizem, a adequação entre a coisa e o que é dito dela, temos que conceber aí um terceiro elemento de chancela desta adequação, que não pode ser outro senão a figura do consenso dos sujeitos. Mas, onde está, por sua vez, a chancela desse consenso? A resposta é: na auto-referência das categorias metafísicas entre si. Este é o mundo verdadeiro, que fundamenta toda verdade que o homem pode conhecer.
É curiosa a demonstração desta tese. No entanto, a que a Comunhão se refere, senão ao todo real? Essa auto-referência no real sem dúvida convêm à verdade, pois só pode ser verdadeiro aquilo que é real e vice-versa, mas ainda não diz o que é real e o que não é, não revela a realidade. Essa revelação não está na Comunhão, para quem não entende a verdade como participante do mundo real: Jesus.
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